Bitcoin alcança US$ 115 mil com dados do Fed e ETFs recordes
O preço do Bitcoin (BTC) nesta sexta-feira, 12 de setembro de 2025, está em R$ 621.078,16. Depois de um período de instabilidade, o BTC conseguiu retornar ao patamar de US$ 115 mil, aliviando a pressão de quem temia uma queda para US$ 100 mil. Essa recuperação acontece em um momento onde a expectativa de uma diminuição na taxa de juros pelo Federal Reserve (FED) começa a influenciar o mercado.
Bitcoin: Análise Macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados na Ásia estão em alta, com índices do Japão, Coreia do Sul e Taiwan alcançando novas máximas históricas. Essa movimentação é impulsionada pelas especulações de cortes nas taxas de juros pelo FED.
O relatório mais recente sobre a inflação dos Estados Unidos não trouxe notícias preocupantes, o que reforça a ideia de uma flexibilização monetária. Como resultado, os rendimentos dos títulos do governo caíram, trazendo um alívio para os mercados financeiros. O dólar também se desvalorizou um pouco, o que torna o Bitcoin ainda mais atraente.
Franco ressalta que as commodities mostraram um desempenho misto: o ouro se manteve perto de seu recorde, enquanto o petróleo caiu, diante da previsão de superávit para o ano de 2026. Ele destacou que o Bitcoin, cotado em US$ 115.300, apresenta uma perspectiva positiva no curto prazo, especialmente com a expectativa de cortes na taxa de juros, que tem 92% de chance de serem de 25 pontos-base na próxima reunião do FED.
Bitcoin: Análise Técnica
O analista da Bitunix comenta que o Bitcoin está testando a resistência em US$ 116.000, com um suporte inicial em US$ 111.000. No caso do Ethereum, ele superou a marca de US$ 4.500, encontrando suporte em US$ 4.250 e resistência de curto prazo na faixa entre US$ 4.600 e US$ 4.650. A Solana, por sua vez, chegou perto de US$ 237, mas não conseguiu romper essa barreira.
Timothy Misir, da BRN, afirma que para o Bitcoin validar seu momento de alta, é necessário que feche acima de US$ 115.000. Se isso acontecer, poderemos ver o BTC mirando a faixa de US$ 116.000 a US$ 117.000. Caso contrário, se o preço cair abaixo de US$ 113.000, ele pode se consolidar em torno de US$ 110.000. No que diz respeito ao Ethereum, sua alta dependerá de fluxos positivos para ETFs e se mantiver acima de US$ 4.500.
Ele salienta que a fragilidade no mercado de trabalho e a inflação alta criam um cenário onde os investidores buscam ativos de risco. Além disso, a acumulação recorde de carteiras médias traz uma base sólida para o BTC, mas é preciso ficar de olho nos níveis de US$ 114 mil a US$ 115 mil como pontos-chave.
Bitcoin Pode Continuar a Alta
Ana de Mattos, analista da Ripio, observa que, após os dados econômicos, o preço do Bitcoin permaneceu estável, com uma variação de apenas 0,94%. A criptomoeda alcançou um pico de US$ 114.500 e uma mínima de US$ 113.430.
Ela explica que o ativo se encontra em uma zona de indecisão, o que costuma resultar em um movimento lateral. Para que o preço avance, é preciso romper os US$ 114.500. Se isso ocorrer, os próximos alvos estarão em torno de US$ 115.500 e US$ 120.000. Se houver pressão de venda, os suportes para o curto e médio prazo estarão entre US$ 108.300 e US$ 105.000.
Guilherme Prado, da Bitget Brasil, destaca que o dia começou em alta, após o Bitcoin romper a resistência de US$ 113.000. Ele se manteve firme acima de R$ 114.000, com os novos dados de inflação dos EUA reforçando a expectativa de cortes nas taxas. A entrada de dinheiro institucional, com os ETFs acumulando US$ 757 milhões na semana, sinaliza uma possível reversão de um ciclo lateral.
No aspecto técnico, o BTC está agora entre US$ 113.700 e US$ 114.450, com um volume acima da média e sinais de demanda robusta. Focando no curto prazo, a próxima resistência a ser testada está na faixa de US$ 116.500 a US$ 118.000. E se o cenário continuar favorável, no médio prazo pode-se almejar os US$ 123.250.
Por outro lado, a dominância do Bitcoin caiu para 52%, o que mostra que as altcoins estão ganhando força. Solana e BNB têm se destacado, com a primeira superando US$ 220 (+20% no mês) e a segunda renovando seu máximo histórico. O Ethereum também está se consolidando acima de US$ 4.400, com novos desenvolvimentos no setor DeFi e o crescimento do staking institucional. Um evento importante do dia é o lançamento do primeiro ETF de Dogecoin nos EUA, que influencia a narrativa das moedas memes.
Paulo Aragão, fundador do podcast Giro Bitcoin, acrescenta que os chamados “tubarões” do mercado, que são entidades que detêm grandes quantidades de BTC, estão em um momento de acumulação intensa. Nos últimos sete dias, eles adicionaram cerca de 65 mil BTC ao seu portfólio, somando um total de 3,65 milhões de BTC. Esse tipo de movimento costuma preceder grandes altas.
Portanto, o preço do Bitcoin em 12 de setembro de 2025 é de R$ 621.078,16. Dessa forma, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas que estão em alta hoje incluem: Memecore (M), Pudgy Penguins (PENGU) e Tezos (XTZ), com variações de 9%, 8% e 6%, respectivamente.
Por outro lado, as que estão em baixa são: Four (FORM), Worldcoin (WLD) e Story (IP), com quedas de -6%, -5% e -3%.
O que é Bitcoin?
Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que funciona de forma eletrônica e é distribuída em uma rede descentralizada, ou seja, ninguém a controla. Ao contrário das moedas tradicionais, o Bitcoin não pode ser impresso e sua oferta é limitada a 21 milhões de unidades.
A ideia do Bitcoin surgiu em 2009, criada por uma figura conhecida como Satoshi Nakamoto, que pode ser um único programador ou até mesmo um grupo. Desde seu lançamento, muitos têm especulado sobre a verdadeira identidade de Nakamoto, que afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, essa informação gera dúvidas por causa de seu inglês impecável e da forma como o código foi desenvolvido.
Uma das grandes vantagens do Bitcoin é que ele não depende de governos ou bancos, o que dá aos usuários controle total sobre suas finanças. As transações são registradas em um livro público chamado Blockchain, onde qualquer tentativa de alteração pode ser facilmente detectada.
A verificação de cada transação depende de assinaturas digitais. Como o protocolo do Bitcoin é projetado para que cada bloco de transações leve cerca de 10 minutos para ser minerado, esse processo pode demorar um pouco, dependendo da plataforma utilizada.
As informações aqui apresentadas são importantes para quem quer entender mais sobre o universo das criptomoedas.